SOLANACEAE

Petunia bonjardinensis T.Ando & Hashim.

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Petunia bonjardinensis (SOLANACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

2.612,531 Km2

AOO:

56,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Ocorre exclusivamente na região Sul, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul) (Stehmann et al., 2012). Segundo Stehmann (1999), a espécie é endêmica de uma pequena região dos campos de Bom Jardim da Serra no Estado de Santa Catarina.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Petunia bonjardinensis</i> apresenta uma distribuição geográfica restrita, tendo uma EOO de 2.396,61 km². Foram identificadas menos de cinco situações de ameaça, considerando que a qualidade e a extensão do seu hábitat vêm declinando devido às atividades agrícolas e silviculturais. Além disso, não há informação de que a espécie ocorra em nenhuma unidade de conservação (SNUC).

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Ornamental, pelas flores e forragem. O comércio de sementes de plantas ornamentais cultivadas do gênero tem importância econômica para muitos países (Stehmann et al., 2009). Petunia integrifolia é a espécie mais comercializada no Brasil e há muitos híbridos.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Lorenz-Lemke et al. (2010), apresentam detalhes sobre distribuição e dinâmica populacional das espécies de Petunia. P. bonjardinensis apresenta tamanhos populacionais constantes por longo período. A diversidade genética esteve significativamente relacionada com a localização geográfica. Amostraram 60 indivíduos em Bom Jardim da Serra, RS.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila mista e formações campestres (Stehmann et al., 2009); campo de altitude (Stehmann et al., 2012).
Detalhes: Erva perene, de 15 a 30 cm alt (Agra, 2009), decumbentes (Stehmann, 1999). As espécies do gênero são autocóricas (Lorenz-Lemke et al., 2010). Segundo Stehmann (1999), a espécie habita os campos nativos, mas pode ser encontrada junto aos barrancos das estradas ou outros locais pertubados.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.2 Wood plantation
Lorenz-Lemke et al. (2010) destacam aspectos da conservação das espécies de Petunia e da integridade de seus habitats naturais, os campos de altitude. Citando Behling (2002) e (Behling; Pillar, 2007), evidenciam que as áreas de campos de altitude do planalto Sul e Sudeste do Brasil são escassas e pequenas e estão sendo reduzidas ainda mais pelos atuais processos antropogênicos e que as maiores áreas de pastagem (maior que 10.000 km²) foram substituídas por florestas de pinheiros exóticos e diversas práticas agrícolas, que são as principais ameaças à pastagem natural.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas needed
A região de ocorrência da espécie é rica em espécies endêmicas e abriga uma biodiversidade relictual resultante de uma história de mudanças climáticas do quaternário (Lorenz-Lemke et al., 2010).
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.